Colecistectomia: o que é e quando é indicada

Colecistectomia é um procedimento cirúrgico que tem como objetivo a retirada da vesícula biliar. A cirurgia é indicada para pacientes com inflamações ou pedras na vesícula. Geralmente, pacientes com indicação de uma colecistectomia podem receber diagnósticos de: Colelitíase (conhecido popularmente como pedras na vesícula biliar), Colecistite aguda (inflamação da vesícula que costuma ser causada por cálculos), e pólipos.

Casos de pacientes diagnosticados com câncer da vesícula biliar também podem ter a indicação médica da cirurgia. Felizmente, a remoção de vesícula biliar não interfere na qualidade de vida do paciente, pois sua função é armazenar a bile, que por sua vez continuará sendo produzida pelo fígado, apenas não ficando mais armazenada.

Como funciona a vesícula biliar

Para melhor compreender o funcionamento da vesícula biliar, é importante saber que esse órgão está perto do intestino e praticamente colada no fígado. A vesícula biliar integra o sistema digestivo e tem como função a liberação da bile no intestino, permitindo assim a digestão de gorduras.

Qualquer desequilíbrio nesse órgão, como o excesso de colesterol, poderá ocasionar no aparecimento de pedras. Esse desequilíbrio será percebido pelo paciente, devido a sensação de dores nessa região, sobretudo após as refeições.

Tipos de cirurgia de colecistectomia

Atualmente a medicina conta com três tipos cirurgias para retirada da vesícula biliar, sendo elas:

Cirurgia aberta ou convencional: É a cirurgia mais comum. A mesma é realizada através de um corte na barriga, logo abaixo da costela do paciente, a fim de que o médico visualize as estruturas a serem operadas.

Colecistectomia laparoscópica: Nesse tipo de procedimento são realizados pequenos orifícios no abdômen do paciente. Por eles são inseridos os instrumentos cirúrgicos e uma câmera. As imagens dessa câmera são mostradas em um monitor de forma aumentada, do qual o médico consegue visualizar com precisão a área operada e assim pode evitar uma eventual lesão em tecidos saudáveis.

Cirurgia robótica: Esse é um dos procedimentos com tecnologia mais avançada para cirurgia de vesícula. Nesse tipo de intervenção, um robô é inserido nas pequenas incisões da cirurgia laparoscópica, e é através desse robô que os movimentos dos instrumentos cirúrgicos serão controlados.

Para quem uma colecistectomia é indicada

A colecistectomia é indicada para pacientes que apresentam alguns tipos de enfermidades, tais como:

• Tumores de vesícula biliar
• Pancreatites biliares
• Colecistite com pedra na vesícula
• Colecistite acalculosa
• Cólicas biliares
• Histórico de colecistite aguda
• Alguns tipos de pólipos biliares

Se houver alguma condição de saúde do paciente que propicie o desenvolvimento de complicações em problemas biliares, a cirurgia é realizada.

Pré-operatório na Colecistectomia

Não basta ter um problema biliar para ser submetido a uma cirurgia. Primeiro o médico realizará uma entrevista com o paciente e solicitará exames, a fim de saber como está a saúde e então determinar se é viável uma cirurgia ou não. Em caso positivo, também é determinado qual a melhor técnica é indicada para evitar ao máximo riscos de complicações.

Os exames solicitados são: coagulograma, hemograma, creatinina, glicemia em jejum e eletrocardiograma. Eventualmente e se considerar necessário, o médico poderá solicitar outros exames complementares a estes já citados, como uma radiografia, ecocardiograma e ultrassonografia do abdômen.

Ainda no pré-operatório, o paciente será orientado a deixar de fumar (se fumante), a fim de evitar complicações pulmonares decorrentes do procedimento, bem como ter uma alimentação saudável e ajustar as medicações. As medicações que interferem na coagulação sanguínea deverão ser descontinuadas temporariamente pelo médico.

Pós-operatório

Geralmente a recuperação de uma cirurgia de remoção da vesícula biliar é rápida, demorando poucos dias. O local operado deve estar sempre limpo, a fim de se evitar uma infecção ou inflamação. Na maioria dos casos, os pontos são internos, mas quando feitos externamente, são retirados uma semana após a cirurgia.

É recomendável pequenas caminhadas em ambiente plano, evitando-se o repouso absoluto. Se o paciente tolerar e sob orientação de um profissional, poderá realizar atividades físicas leves que não forcem o abdômen.

A alimentação deve ser leve, como no pós-operatório da maior parte dos procedimentos cirúrgicos. É importante salientar que a função da vesícula biliar é armazenar a bile, entretanto, não a produz. Dessa forma o fígado continuará a produzindo e liberando direto no intestino, sem prejuízo para a saúde ou bem-estar do paciente.