O câncer de cólon (também chamado de câncer colorretal) é evitável e altamente curável se detectado em estágios iniciais. Os tumores de câncer colorretal crescem no revestimento interno do cólon.

O câncer colorretal é o segundo câncer mais comum nos Estados Unidos, afetando 140.000 pessoas a cada ano e causando 60.000 mortes. No Brasil estimativa de novos casos: 36.360, sendo 17.380 homens e 18.980 mulheres (2018 – INCA) e 16.697 mortes ; sendo 8.163 homens e 8.533 mulheres (2015). – Atlas de Mortalidade por Câncer

Os pólipos colorretais (crescimento anormal benigno) afetam cerca de 20% a 30% dos adultos americanos.

Este é um número impressionante quando se leva em consideração que a doença é potencialmente curável quando diagnosticada em seus estágios iniciais.

Quem está sob risco?

Embora o câncer colorretal possa ocorrer em qualquer idade, mais de 90% dos pacientes tem mais de 40 anos; a partir dessa idade, o risco duplica a cada dez anos. Além da idade, existem outros fatores de alto risco, incluindo histórico familiar de câncer colorretal e pólipos, e um histórico pessoal de colite ulcerativa, pólipos do cólon ou câncer em outros órgãos, principalmente de mama ou câncer uterino.

  • Idade: Mais de 90% das pessoas são diagnosticadas com câncer colorretal após os 50 anos de idade.
  • Histórico familiar de câncer colorretal (especialmente pais ou irmãos).
  • Histórico pessoal da doença de Crohn ou colite ulcerativa por oito anos ou mais.
  • Pólipos colorretais.
  • Histórico pessoal de câncer de mama, uterino ou ovário.

Como começa?

Há um consenso geral de que todos os cânceres do cólon e reto começam com pólipos benignos. Estas lesões ocorrem nas paredes do intestino e podem aumentar de tamanho e tornar-se neoplásicos (canceres) com o tempo. A remoção de pólipos benignos é um procedimento da medicina preventiva que realmente funciona bem.

Prevenção do câncer de cólon

O câncer de cólon é evitável. O passo mais importante para prevenção do câncer de cólon é o teste de detecção. Se os resultados do teste forem anormais, uma colonoscopia deve ser realizada. Algumas pessoas preferem começar pela colonoscopia como teste de detecção.

A Colonoscopia proporciona uma análise detalhada do intestino. Por este teste os pólipos podem ser identificados e removidos.  (por esse motivo é considerado o melhor exame)

Apesar de não ser totalmente comprovado, há evidências de que a dieta pode desempenhar um papel importante na prevenção do câncer colorretal. Até onde se sabe, uma dieta rica em fibras e baixo teor de gordura é a única medida na alimentação pode ajudar a prevenir o câncer colorretal.

Finalmente, deve ser dada atenção às mudanças na defecação. Consulte o seu médico se notar qualquer alteração persistente como constipação, diarreia ou sangue nas fezes.

Sintomas do câncer colorretal

Os sintomas mais comuns são sangramento retal e as mudanças nos hábitos intestinais, como constipação e diarreia. (Estes sintomas também são comuns em outras doenças, por isso é importante que seja feita uma análise aprofundada quando eles surgem.) A dor abdominal e a perda de peso geralmente são sintomas que indicam a possível extensão da doença.

Infelizmente, muitos pólipos e cânceres incipientes não tem sintomas. Portanto, é importante que após 50 anos, os seus exames médicos de rotina incluam procedimentos para o rastreio do câncer colorretal. Existem vários métodos para detectá-lo. Estes incluem o exame de toque retal, uma análise química de sangue nas fezes, sigmoidoscopia e colonoscopia (instrumentos tubulares com luz utilizados para examinar o intestino grosso), enema de bário e colonografia (tomografia computadorizada com reconstrução 3D). Lembre-se de conversar com o seu cirurgião para determinar o melhor procedimento para você. As pessoas que têm um parente de primeiro grau (pai, irmão ou irmã) que têm câncer de cólon ou pólipos devem começar a fazer exames para câncer de cólon aos 40 anos ou 10 anos antes do caso índice.

Alerta

Uma alteração nos hábitos intestinais (por exemplo, constipação ou diarreia).

  • Fezes estreitas.
  • Sangue vermelho brilhante ou muito escuro nas fezes.
  • Dor pélvica ou abdominal contínua (por exemplo, gás, inchaço ou dor).
  • Perda inexplicada de peso.
  • Náuseas ou vômito.
  • Sentimento de cansaço o tempo todo.

Diagnóstico

  • Exame físico e histórico médico. Exames de sangue.
  • Colonoscopia: exame do cólon inteiro com um tubo flexível longo e fino com uma câmera e uma luz na extremidade (colonoscópio).
  • Biopsia: remoção de células ou tecidos para que possam ser vistos sob um microscópio para verificar sinais de câncer.

Testes para análise

  • Tomografia computadorizada (TC): Um teste de raio-x altamente sensível que permite que os médicos vejam “dentro” do corpo para identificar tumores novos ou recorrentes. Este teste pode detectar com precisão a presença da maioria das células cancerosas que se espalharam para fora do cólon.
  • Tomografia por emissão de pósitrons (PET): Um teste de imagem que usa uma tinta especial que possui rastreadores radioativos. Isso permite que os médicos detectem a presença da maioria das células cancerígenas espalhadas fora do cólon.
  • Exame Antígeno carcinoembrionário: O antígeno carcinoembrionário é uma substância no sangue que pode ser elevada se o câncer estiver presente. Embora não seja completamente conclusivo por conta própria, esse teste geralmente é feito com outros testes de diagnóstico. ACREDITA SE QUE DEVE SER USADO PARA SEGUIMENTO E NÃO PARA DIAGNÓSTICO.
  • Ressonância magnética: Um exame de imagem que usa um campo magnético e pulsos de energia de onda de rádio para criar imagens de órgãos e estruturas dentro do corpo. Isso ajuda a determinar se o tumor se espalhou pela parede do reto e invadiu estruturas próximas. EXCELENTE PARA AVALIAÇÃO DA EXTENSÃO NO RETO E PARA AVALIAÇÃO DE METASTASES HEPATICAS QUANDO USADO COM PRIMOVIST.
  • Ultrassom abdominal: Um procedimento no qual um transdutor é movido pela pele sobre o abdômen. Este teste procura por tumores que podem ter se espalhado para o fígado, vesícula biliar, pâncreas ou em outros lugares do abdômen.

A extensão do câncer (estágio clínico) está ligada à tomada de decisão do tratamento e ao resultado pós-tratamento do paciente. A análise é baseada em se o tumor invadiu os tecidos ou linfonodos próximos, e / ou o câncer se espalhou para outras partes do corpo. O estágio exato geralmente não é determinado até a cirurgia.

Tratamento do câncer colorretal

A cura completa para quase todos os casos de câncer colorretal requer cirurgia. Além da cirurgia, as vezes a radioterapia e a quimioterapia são utilizadas. Se o câncer for detectado e tratado nas suas fases iniciais, entre 80 e 90% dos pacientes tem uma recuperação da sua saúde de forma normal. A taxa de cura diminui para 50% ou menos quando diagnosticado em fases posteriores.

Graças à tecnologia moderna, menos de 5% de todos os pacientes com câncer colorretal exigem uma colostomia, ou seja, a criação de uma abertura excretora artificial a partir do cólon através de cirurgia.

Cirurgia minimamente invasiva

Atualmente nosso grupo faz uso da cirurgia robótica minimamente invasiva para resolução desses casos. A cirurgia robótica apresenta maior segurança para o paciente, maior estabilidade de imagem e qualidade 3D 4K, pinças menores e mais precisas o que levam a uma recuperação mais rápida e menos dolorosa.

As hemorróidas podem causar câncer de cólon?

Não, mas hemorroidas podem causar sintomas semelhantes aos pólipos ou sintomas do câncer de cólon.

Se tiver estes sintomas é preciso consultar um médico, de preferência um cirurgião colorretal, para avaliação.

O que é um cirurgião de cólon e reto?

Cirurgiões cólon e reto são especialistas no tratamento cirúrgico e não cirúrgico de doenças do cólon, do reto e do ânus. Eles completaram o treinamento cirúrgico avançado no tratamento dessas doenças, assim como a formação completa em cirurgia geral.

Os cirurgiões certificados pela Sociedade Brasileira de Coloproctologia completam residências em cirurgia geral e cirurgia do cólon e do reto, e devem passar por testes intensivos (prova de titulo) realizados pela Sociedade Brasileira de Coloproctologia.

Estes cirurgiões têm conhecimento no tratamento das doenças benignas e malignas do cólon, do reto e do ânus, e tem capacidade para realizar exames de detecção rotineiros e tratar cirurgicamente estes problemas caso seja necessário.