Hérnia Inguinal

Epidemiologia

A hérnia é a protusão (saliência) de parte do conteúdo intra-abdominal – que pode ser tecido adiposo, alças de intestino grosso ou intestino delgado –, por meio de um orifício na parede da região inguinal (virilha) que pode ocorrer em um lado ou ambos os lados. Elas podem ser congênitas (erro do fechamento da região inguinal que ocorre logo após o nascimento), ou podem ser adquiridas em qualquer fase da vida. A hérnia inguinal representa aproximadamente 75% da doença herniária no adulto, atinge cerca de 13% da população masculina e 2% da feminina.

Sinais e sintomas

As pessoas que têm hérnia inguinal são geralmente capazes de observar uma saliência na região da virilha, em um ou nos dois lados. Essa saliência fica embaixo da pele e se torna mais evidente quando a pessoa tosse, ergue peso ou faz força. Muitos indivíduos sentem desconforto ou dor (fraca ou forte) quando fazem esforço físico excessivo. Após alguns meses ou anos, a hérnia pode aumentar de volume e, em algumas pessoas, pode comprometer até a bolsa escrotal. 

Diagnóstico

O exame da região inguinal realizado pelo médico é suficiente para diagnosticar a hérnia em praticamente todos os pacientes. O diagnóstico inicia-se pela obtenção do histórico clínico detalhado, do exame físico, além do exame de ultrassonografia para determinar a presença de qualquer segmento herniário que o paciente possa apresentar na parede da região inguinal. 

Tratamento

  • A única forma de tratamento de uma hérnia inguinal sintomática é cirúrgica.
  • Aceita – se 3 formas de correção cirúrgica (aberta, laparoscópica e robótica).
  • Técnica cirúrgica minimamente invasiva – a cirurgia minimamente invasiva tem como objetivo a máxima preservação da anatomia com a mínima agressão ao organismo. Os benefícios da cirurgia minimamente invasiva incluem: melhor resultado estético; menos dor pós-operatória; menor taxa de complicações; recuperação mais rápida; alta hospitalar precoce; retorno mais rápido às atividades habituais e maior conforto do paciente.

O que é um cirurgião do aparelho digestivo?

Cirurgiões do aparelho digestivo são especialistas no tratamento cirúrgico e não cirúrgico de doenças do esôfago, estomago, duodeno, intestino delgado, colon, pâncreas, baço, fígado e hérnias da parede abdominal. Eles completaram o treinamento cirúrgico avançado no tratamento das doenças do aparelho digestório, assim como formação em cirurgia geral.

Os cirurgiões certificados pelo CBC (Colégio Brasileiro de Cirurgiões), ou CBCD (Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva) após treinamento por anos em cirurgia, devem passar por testes intensivos (prova de título). Estes Cirurgiões passam a ter reconhecimento e habilitação pela sociedade certificadora.